Asteroide gigante ‘passa perto’ da Terra

Você sabia que um asteroide gigante ‘passou perto’ do nosso planeta essa semana?

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Pode até parecer divulgação da Netflix, mas não é. A situação de um asteroide tão próximo da Terra chamou a atenção por ser bem parecida com a história de “Não Olhe para Cima”, um dos sucessos mais recentes da plataforma de streaming. 

No longa, uma dupla de astrônomos descobre a existência de um meteoro que está vindo em direção à Terra, causando a destruição do nosso planeta. Após a descoberta, a dupla terá que alertar todo o mundo sobre a ameaça iminente enquanto lidam com uma série de contratempos, como o descaso dos políticos e da imprensa sobre o caso e o ceticismo da população sobre a situação.

Felizmente, em comparação ao momento enfrentado no filme, a situação na vida real é bem tranquila e não oferece os mesmo riscos – mas não deixa de ser uma coincidência muito grande.

Aproveitando esse acontecimento, no conteúdo de hoje, reunimos as principais informações sobre esse asteroide, inclusive sobre os efeitos que a sua passagem poderiam ter sobre a Terra. 

Entenda melhor o caso do asteroide gigante que ‘passou perto’ da Terra

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A Agência Espacial Americana (NASA) anunciou a passagem de um asteroide ‘perto’ da Terra na última terça-feira (18). Batizado de 7482 (1994 PC1), o asteroide passou próximo ao nosso planeta a uma velocidade estimada de 76.192 km/h.

Segundo as previsões que foram feitas pelos cientistas responsáveis, o horário em que o corpo celeste esteve mais próximo da Terra durante a sua trajetória foi às 18h50.

O que é um asteroide?

Os asteroides são corpos celestes que circulam pelo espaço sideral. Assim como os planetas que compõem o sistema solar, esses asteroides também orbitam em torno do sol.

Em caráter de comparação, em geral, os asteroides são maiores que os meteoros e menores que os planetas.

Com tamanhos e formas variados, esses corpos podem chegar a centenas de quilômetros e, geralmente, são feitos de materiais como metal, rocha e carbono.  

A passagem desse asteroide ofereceu algum tipo de risco para o planeta?

Esse é aquele tipo de notícia que tem potencial para deixar qualquer um nervoso, né? Afinal quais os efeitos que a passagem de um asteroide como esse podem provocar no nosso planeta? 

Sobre isso, nós podemos ficar tranquilos. Apesar da sua dimensão – estima-se que o objeto possui cerca de 1 km de largura – a passagem do asteroide não ofereceu nenhum tipo de risco ou impacto para a Terra. 

Apesar de relativamente perto, a trajetória que o asteroide fez não está perto o suficiente de nós para causar qualquer tipo de efeito na nossa atmosfera.

A passagem do asteroide poderia ter sido vista?

Apesar de ser uma experiência que todos gostariam de testemunhar – já que é um acontecimento muito raro – os especialistas informaram que, infelizmente, a passagem do asteroide não pôde ser vista a olho nu pela população.

Apesar do uso do termo ‘perto’, o objeto passou a cerca de dois milhões de quilômetros do nosso planeta. Pode até parecer longe, mas essa é, segundo estimativa dos cientistas, a maior proximidade de um corpo celeste como esse para os próximos dois séculos.

Esse é o maior asteroide que já passou relativamente próximo ao nosso planeta?

Apesar de possuir um tamanho bem significativo, o 7482 (1994 PC1) não é o maior asteroide que já passou próximo ao nosso planeta e que se tem notícia. 

Em 2017, um outro asteroide – que foi batizado de 3122 Florence (1981 ET3) – também se aproximou da Terra. Esse exemplar tinha dimensões de 4 a 8,4 km de largura – bem maior do que esse próximo asteroide – e, segundo algumas previsões dos cientistas, deve passar novamente próximo ao nosso planeta em 2057.

Futuros asteroides podem oferecer algum tipo de ameaça para a Terra?

Segundo as previsões, não. Como dito anteriormente no texto, as estimativas são de que esse asteroide seja o mais próximo que um corpo celeste como esse passará da Terra nos próximos 200 anos.

Em todo caso, em novembro, a NASA lançou uma missão teste em caráter preventivo. Apesar de ser um teste, o objetivo dessa missão é proteger o nosso planeta de futuras ameaças que possam vir a surgir do espaço, como outros asteroides maiores.

Nessa missão teste, o alvo é Dimorphos, um satélite que orbita o asteroide Didymos. Em questão de tamanho, o Dimorphos possui o tamanho de um campo de futebol. Já o asteroide Didymos é 5 vezes maior do que o seu satélite.

Caso a missão seja bem sucedida, o choque deve ocorrer já em setembro de 2022, a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra. Além disso, segundo as estimativas, o resultado dessa missão será tão intenso que deve criar a primeira chuva de meteoros provocada pelo ser humano.  

Outros meteoros que já passaram perto da Terra

Apesar do 3122 Florence (1981 ET3) em 2017, ter sido o maior asteroide que já passou próximo ao planeta, a Terra já enfrentou situações onde corpos celestes passaram nas proximidades para dar um “oi”. 

O asteroide 1983TB (ou 3200 Phanton) foi um deles. O segundo maior asteroide a chegar perto da Terra, o corpo celeste possuía cerca de 6,25 km e chegou a passar a uma distância de 5,7 milhões de km. Essa situação ocorreu em 13 de dezembro de 1931.

Os astrônomos descobriram que, além da Terra, o Phanton também cruza as órbitas de planetas como Marte, Mercúrio e Vênus. E, segundo estimativas, o meteoro deve se aproximar novamente da Terra em 2026, mas dessa vez passando a cerca de 54 milhões de km.

Conclusão

Como deu para perceber, a incidência de asteroides que passam pelos arredores da Terra é grande. Mas vale lembrar que isso não significa um sinal de alerta. Os astrônomos responsáveis por vigiar a aproximação desses corpos celestes estão sempre atentos a novos asteroides. 

E, caso a missão da NASA seja bem sucedida, o risco de enfrentarmos situações como a do filme “Não Olhe para Cima” diminui ainda mais. 

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Escrito por Ivan