O Luto do Isolamento: A Periferia no Combate ao Coronavírus

No combate ao coronavírus, as periferias estão expostas a uma carga maior de contaminação viral. Afinal, muitas nem sequer tem saneamento básico e, quem dirá, renda para consumir os produtos necessários para combater a doença. 

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Inclusive, são os que vão precisar da saúde pública para se recuperar, caso sejam contaminados. Muitas das casas periféricas, contém diversos moradores em apenas um único lugar, sendo que isso aumenta as chances de contaminação.

Quanto maior exposição, maior a carga e maior a contaminação e sintomas. De certa forma, com as escolas fechadas, muitas crianças que dependem daquela alimentação não vão poder ter esse sustento extra que o governo oferece. 

O isolamento social é possível nas favelas no combate ao coronavírus?

A rotina de todos mudou. Mas e a sua rotina, como ela está? Nas periferias, mais da metade dos moradores são autônomos e perderam o seu acesso a renda. 

Inclusive, sabemos que muitos alunos da rede pública almoçam nas escolas do Brasil, que agora, estão totalmente paradas. Então, temos um mar de gente que está tendo despesas maiores em suas casas. 

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Muitas dessas residências são pequenas e lotadas de problemas, assim como emocionais. É difícil enfrentar essa realidade de uma epidemia, em um local que não dá para evitar aglomeração. 

Todos estão se sacrificando para combater o coronavírus, mas o rico tem o recurso de ir para sua casa na praia, mas e o pobre? Divide um quarto com mais 3 pessoas.

A divulgação do combate ao coronavírus

No geral, as pessoas estão sendo noticiadas através da Tv e pelo whatsapp. As redes sociais estampam as notícias e alguns carros se organizam nas comunidades e passam alertando para que todos permaneçam em casa. 

Os cuidados nas periferias ainda são muito poucos e a maioria das pessoas ainda estão expostas. Inclusive, os materiais de higiene pessoal são garantidos, segundo a Constituição. 

Mas na vida real sabemos que muitos dos nossos direitos não são garantidos. Na maioria das vezes, nem saneamento básico. 

Muitas favelas estão a mercê dessas irregularidades e falta do que poderia ser poupado na saúde, já que com maiores qualidades de vida, menos gastos de saúde. 

Qual a melhor maneira de combater o coronavírus na periferia?

As doenças e desigualdade social podem ser eliminadas se todo mundo se unir para ajudar os demais. Por exemplo, o governo já deu espaço. Agora, a sociedade precisa participar. 

Exatamente como o Itaú doou 1 bilhão de reais. Não só empresas, mas pessoas físicas. 

O que a favela acha do auxílio emergencial de 600 reais?

Tem sido bem recebido e esse dinheiro vai ajudar muita gente. Realmente, não dá para o governo dar muito,já que quebraria o estado. Mas vai fazer muita diferença na vida das pessoas sim. 

A grande preocupação é de quando a população vai ter acesso ao dinheiro. E como um problema, sabemos que muitos não sabem ler e nem escrever.

Até tentar entender como funciona o sistema já era. Muitas pessoas podem até morrer de fome, enquanto esperam pelo auxílio. 

Qual o impacto nas favelas da pandemia e crise?

Primeiramente, a saúde é afetada. Pessoas morrem a cada instante e muitos ainda vão morrer. Depois, temos o impacto econômico, já que poucos vão conseguiram levantar seus negócios.  

Por último, temos a educação afetada, já que as aulas foram prejudicadas. As escolas particulares se rganizaram rapidamente com aulas online, mas as públicas o cenário muda. 

Inclusive, o processo é um pouco mais lento. Surgiram apostilas e ambiente virtual, mas nem todos tem acesso a internet em casa.  Mesmo na era digital, ainda existe uma exclusão.


* Fonte de Pesquisa: https://gife.org.br/por-que-periferias-e-favelas-estao-sofrendo-mais-com-o-coronavirus/