Hubble encontra buraco negro ajudando a formar estrelas em galáxia anã

Sempre tivemos a ideia de que um buraco negro é algo extremamente destrutivo, sendo um dos maiores perigos do Universo. Mas uma das descobertas mais recentes pode provar o contrário.

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O telescópio Hubble, da NASA, descobriu a existência de um buraco negro que age de forma bem diferente. E é sobre ele que vamos falar hoje! 

No conteúdo de hoje, vamos entender melhor o buraco negro que, ao invés de provocar destruição, está ajudando a formar estrelas.

O que é um buraco negro?

Buracos negros são regiões do espaço que, por possuírem um campo gravitacional muito intenso, nada consegue escapar da sua órbita.

Após a formação de um buraco negro, a gravidade dele fica tão forte que toda a matéria que é atraída por ele e, por consequência, é comprimida até ser completamente destruída. Dá até um frio na barriga só de pensar, né? 

O registro de um buraco negro ajudando a formar estrelas

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Diferente do que nós imaginamos, o registro feito através do Hubble mostra um buraco negro agindo de maneira atípica.

Os cientistas tiveram acesso ao registro, que mostram Henize 2-10, uma galáxia anã – galáxias que consistem em um aglomerado menor de estrelas e, geralmente, orbitam em torno de galáxias maiores – e perceberam uma atividade bastante curiosa.

Diferente dos buracos negros encontrados nas grandes galáxias, esse buraco negro tem uma ação bastante curiosa: ao invés de engolir as estrelas – como era o esperado de um buraco negro – ele está ajudando na formação de novas estrelas.

A Henize 2-1, a galáxia anã em questão, fica a cerca de 30 milhões de anos-luz da Terra. E, assim como outras diversas galáxias, ela também conta com a presença de um buraco negro. Mas, o que chama a atenção é esse comportamento diferente dos buracos negros maiores.

Como um buraco negro pode ajudar a formar estrelas?

Provavelmente você deve estar se perguntando como que os buracos negros – responsáveis pela destruição de tanta coisa no universo – podem ajudar na formação de estrelas. É isso que os cientistas responsáveis querem descobrir.

Até então, o padrão de comportamento observado em outros buracos negros foi o de absorver e destruir tudo que entra em seu campo gravitacional. 

O que se sabe até agora sobre sobre a atividade desse buraco negro?

Em um primeiro momento, o que se pôde observar com a descoberta é que existe uma espécie de fluxo de gases entre o buraco negro encontrado em Henize 2-10 e uma formação de estrelas que está acontecendo dentro da galáxia anã.

Esse fluxo em questão se alonga do buraco negro até a região onde essa formação está, contribuindo para a tempestade responsável pelo “nascimento” de novas estrelas. 

Além disso, através das imagens obtidas, foi possível determinar que esse fluxo de gases que se move do buraco negro em direção às estrelas se move a cerca de 1,6 milhão de quilômetros por hora. 

E, segundo os cientistas, apesar de parecer que o buraco negro foi o responsável pela origem da formação de estrelas, não foi isso que aconteceu. Estima-se que esse fluxo de gases vindo dele começou após o aglomerado de estrelas já estar formado. 

Para que os cientistas possam chegar a uma conclusão e entender melhor essa relação pra lá de curiosa, é necessário a realização de diversas outras pesquisas e estudos sobre a descoberta. 

Mas, analisando o que já foi encontrado, acredita-se que a relação entre o buraco negro e o aglomerado de estrelas presentes na Henize 2-10 pode ser comparada a função de um cordão umbilical.

Estudos ajudarão a descobrir a origem dos buracos negros

Além de entender como essa relação entre o buraco negro e a formação de estrelas funciona, a descoberta em questão também foi importante para mostrar que até mesmo as galáxias consideradas anãs também podem abrigar buracos negros.

Além disso, através dessa descoberta, os cientistas e astrônomos responsáveis esperam obter mais respostas em relação aos buracos negros supermassivos – uma classe específica, que possuem uma massa milhões ou até mesmo bilhões de vezes maior que a massa do Sol e existem no centro de quase todas as grandes galáxias-  e como esses gigantes se originam.

Conheça o Hubble, o telescópio da NASA

E não podemos deixar de lado o grande responsável pela descoberta desse buraco negro tão peculiar: o Hubble. Ele, que é um satélite não tripulado, possui um grande telescópio espacial da NASA para luz visível e infravermelha. Lançado pela NASA em abril de 1990, o Hubble é um satélite responsável por capturar diversas imagens importantes para os estudos relacionados ao universo.

Entre os registros feitos pelo Hubble estão: supernovas, galáxias, grupos de estrelas, entre outros eventos espaciais.

Conheça Henize 2-10, a galáxia anã que abriga esse fenômeno atípico

Não podíamos encerrar esse material sem falar também da Henize 2-10, a galáxia anã que, juntamente com o buraco negro, está no centro dessa descoberta tão importante e curiosa.

A Henize 2-10 – que recebeu esse nome em homenagem ao astrônomo e astronauta Karl Gordon Henize – chama a atenção por ser uma galáxia com um intenso processo de formação estelar. Com essa taxa de formação de estrelas muito alta, estudiosos chegaram a comparar a sua condição atual com o início do universo

E não é de hoje que a galáxia anã é alvo de pesquisas. A galáxia Heinzen 2-10 já foi o centro das atenções dos astrônomos quando tentava-se descobrir se ela também abrigava buracos negros supermassivos centrais, como acontece em tantas outros galáxias espalhadas pelo universo.

Conclusão

Com essa descoberta, um novo capítulo de estudos se inicia. Ao focar na presença do buraco negro na Henize 2-10 e na relação curiosa que a galáxia anã possui com ele, os astrônomos e cientistas poderão estudar melhor os processos que fazem parte da formação de uma galáxia e, talvez, até mesmo entender melhor a relação entre os buracos negros como conhecemos e as galáxias menores, como a Henize 2-10.

 Cabe a nós aguardar os próximos capítulos dessa “novela” científica.

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Escrito por Ivan