Por que os sinais de vida em Marte são tão misteriosos?

Você sabia que a NASA anunciou recentemente que encontrou sinais de vida em Marte? Vem que eu te explico!

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Talvez você não tenha ficado sabendo mas a NASA fez um anúncio bem recente – no começo de janeiro, para ser mais preciso.


A NASA, a Agência Espacial Americana, que é responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial, informou que uma de suas sondas havia feito uma descoberta durante a sua expedição em Marte.

A sonda encontrou alguns sinais que, em um primeiro momento, poderiam provar a existência de vida extraterrestre. 

Ficou curioso? Se você se interessa por essa temática e quer ficar por dentro dessa novidade, esse material foi feito especialmente para você.

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Ao longo do conteúdo, vamos falar um pouco mais sobre esses sinais de vida em Marte.

O que eles significam, por que eles são – até o momento – considerados misteriosos e quais os próximos passos para a resolução desse mistério. Tenha uma boa leitura!

O que são esses sinais de vida em Marte?

Nesse exato momento, muitos de vocês que estão lendo devem, automaticamente, estar imaginando aquelas pequenas criaturas verdes e que vivem escondidas quando falamos da descoberta de vida em Marte, né?

Mas na verdade não é bem assim.

Deixando de lado toda essa imaginação ligada aos filmes de ficção científica que existem por aí, os potenciais sinais de vida em Marte são bem mais sutis do que se imagina.

Esses possíveis sinais de vida em Marte nada mais são que rastros residuais de carbono. Esse tipo de evidência pode sim indicar a existência de vida em Marte, mas em um caráter mais primário. Estamos falando de algo como vida microbiana.

Assim que a descoberta foi anunciada, os cientistas responsáveis informaram que, entre o conteúdo coletado durante a expedição, diversas amostras possuem um tipo bem específico de carbono.

Um dos fatores que animaram os cientistas e pesquisadores envolvidos na descoberta foi que esses traços de carbono estão diretamente ligados a processos biológicos que acontecem aqui na Terra.

Aqui no nosso planeta, o carbono que foi encontrado em rastros residuais no planeta vermelho é responsável por algumas das ações que envolvem a nossa natureza.

Entre os mais comuns estão os processos de metabolização de alimentos e até mesmo a fotossíntese  que acontece aqui na Terra.

Isso é, no mínimo, bem curioso, né? 

Por que os sinais de vida em Marte são misteriosos?

Por mais que, até então, os sinais pareçam ser simples, tal descoberta reúne uma grande carga de mistério.

Para começar, podemos partir do aspecto mais cético da história.

Só com essa descoberta, é impossível definir com certeza qual a origem desse carbono e se ele é mesmo resultado de uma eventual presença de vida extraterrestre em Marte.

Pelo que se sabe até então, esses resíduos de carbono podem ser resultado de outros fatores.

Entre eles, pode ser uma espécie de atividade geológica, física ou até mesmo química que ocorre no planeta vermelho e nós sequer sabemos. 

Até porque, por mais que o ser humano já tenha realizado diversas expedições para o explorar Marte, muitas informações em relação ao planeta ainda seguem sem serem descobertas.

Agora, pensando na possibilidade de que esse rastro de carbono seja realmente um sinal da existência de vida extraterrestre. 

Essa descoberta ainda não fornece dados o suficiente para que possamos saber se a eventual presença de vida existe até os dias de hoje.

Também há a possibilidade do carbono representar uma espécie de vida que já existiu em algum período da história do planeta, mas já foi extinta.

Qual o futuro das pesquisas após a descoberta desses sinais de vida em Marte?

O fato de essa descoberta ter uma origem bastante misteriosa só serviu para animar os pesquisadores, cientistas e astrônomos. Muito provavelmente as pesquisas devem continuar, tanto na área onde o carbono foi descoberto quanto em outras áreas do planeta vermelho.

O rover Curiosity – a sonda responsável pela descoberta em questão – já é presença mais que confirmada nesta próxima etapa relacionada à pesquisa. Como a sonda foi a principal responsável por essa descoberta tão reveladora, os responsáveis pelo veículo estão bastante otimistas com essa nova investida do Curiosity.

Estima-se que ele deve retornar ao local onde as amostras em questão foram encontradas para tentar colher novos materiais que possam ajudar a completar esse quebra cabeça.

Ou, na mais pessimista das teorias, para que possa pelo menos garantir novas amostras semelhantes ao que foi colhido durante a sua exploração anterior.

Além de novas expedições em busca de materiais, o próximo passo em relação a essa pesquisa é trazer os fragmentos coletados para serem analisados nos laboratórios aqui da Terra.

Com equipamentos mais avançados e recursos de pesquisas mais eficientes, ficará bem mais fácil traçar uma linha do tempo para essa amostra de carbono, a começar pela sua origem até o momento em que foi encontrado pelo Curiosity.

Mas até que essas amostras cheguem até aqui e todas as pesquisas necessárias para descobrir a origem do carbono sejam feitas, temos que aguardar e observar.

Assim, veremos como serão os próximos passos e se tal descoberta significa mesmo a primeira evidência comprovada da existência de vida extraterrestre. 

Conclusão

E aí? O que você acha?

Quando o assunto é essa descoberta de potenciais sinais de que há vida em Marte, você fica de qual lado.

Tem lado que acredita que esse tipo de descoberta tem uma explicação totalmente lógica e que não tem relação alguma com a presença de vida?

Ou acha que, mesmo que seja um sinal relativamente simples, esse é o primeiro passo para a descoberta do primeiro sinal de vida fora do nosso planeta?

Vamos esperar as próximas descobertas – e as pesquisas mais avançadas sobre o material encontrado – e qual será o resultado dos estudos feitos pelos especialistas. 

Só assim, será possível afirmar com mais certeza se o rastro residual de carbono faz parte de algum tipo de vida em Marte.

Ou se a amostra trata-se apenas de um evento natural que acontece no planeta, mas que ainda não é do nosso conhecimento.

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Escrito por Ivan