Conheça agora tudo sobre a mistica sexta-feira 13, saiba toda a história, como surgiu, contexto religioso e cultural, além de outras informações!
Anúncios
A superstição em torno da sexta-feira 13 é uma das crenças mais enraizadas na cultura popular, evocando medo, mistério e até uma certa fascinação.
Seja por causa dos filmes de terror ou das antigas histórias, o dia carrega um estigma de azar e eventos sobrenaturais.
Mas, por que, entre tantos dias no calendário, essa data se tornou sinônimo de má sorte?
A resposta a essa pergunta exige uma viagem pela história, religião e cultura, e revela um mosaico de influências que, juntas, deram origem à crença que ainda persiste.
Anúncios
Saiba mais seguir:
Leia também: Feng shui na decoração de interiores: dicas para harmonizar seu espaço
As Origens Históricas do Número 13

O número 13, por si só, tem uma longa história de ser considerado azarado. Diferentes culturas ao redor do mundo veem o número com receio.
No Antigo Egito, por exemplo, acreditava-se que a vida consistia em doze estágios, e o décimo terceiro representava a morte e o desconhecido.
A transição para esse estágio era algo que os egípcios viam com temor, e isso pode ter sido uma das primeiras associações negativas ao número 13.
Além disso, outras culturas, como a nórdica, também viam o número 13 com desconfiança.
A mitologia escandinava tem uma história particularmente famosa, onde um banquete dos deuses foi arruinado pela chegada do deus trapaceiro Loki.
Que se tornou o décimo terceiro convidado.
Por exemplo, esse evento culminou na morte de Balder, um deus amado por todos, trazendo luto e tragédia.
Esse mito fortaleceu a ideia de que o 13 trazia azar, uma crença que perdurou por séculos e que, com o tempo, passou a ser absorvida por outras culturas.
Em suma, na Idade Média, o número 13 adquiriu ainda mais conotações negativas no Ocidente.
Em grande parte da Europa medieval, a cabala cristã e os textos místicos relacionavam o número 13 à desordem e ao caos.
Na Última Ceia, por exemplo, estavam presentes 13 pessoas: Jesus e seus 12 apóstolos.
Por fim, a traição de Judas Iscariotes, o 13º convidado a sentar-se à mesa, foi um fator que solidificou o estigma do número na tradição cristã.
Número 13 em Diferentes Culturas | Significado |
---|---|
Egito Antigo | Representação da morte e o desconhecido |
Mitologia Nórdica | Morte de Balder e o caos trazido por Loki |
Cristianismo | Judas Iscariotes, o 13º na Última Ceia, foi o traidor de Jesus |
A sexta-feira 13 no Contexto Religioso e Cultural

Se o número 13 já carrega consigo um peso considerável, a sexta-feira é outro elemento que, ao longo dos séculos, foi envolvido em associações negativas.
Por exemplo, na tradição cristã, a sexta-feira era conhecida como o dia da crucificação de Jesus Cristo.
Esse evento marcou profundamente a simbologia religiosa da data, transformando a sexta-feira em um dia de luto e reflexão.
Dessa forma, para muitos, isso foi o suficiente para associar o dia com infortúnios.
Além do contexto cristão, o dia também tem associações negativas em outras tradições.
Na mitologia nórdica, sexta-feira era o dia dedicado a Frigga, a deusa do amor e da fertilidade.
Quando o cristianismo começou a dominar o Norte da Europa, Frigga foi demonizada, e seu dia passou a ser visto como algo negativo.
Essa desconfiança em relação à sexta-feira perdurou, principalmente entre aqueles que associavam a deusa com práticas pagãs.
No entanto, o medo específico da sexta-feira 13 parece ter se enraizado de forma mais sólida nos séculos posteriores.
Durante a Idade Média, qualquer combinação de elementos que fossem considerados azarados ganhava força.
Em suma, a combinação de uma sexta-feira, já carregada de significado negativo, com o número 13.
Inclusive, resultava em uma data que as pessoas viam como particularmente propensa a desgraças.
Por fim, isso criou o terreno fértil para a superstição se desenvolver e ser passada de geração em geração.
O Papel do Templários na Sexta-feira 13
Um dos momentos mais famosos relacionados à superstição da sexta-feira 13 envolve a Ordem dos Cavaleiros Templários.
++ O que é cultura Pop: Entenda Suas Raízes e Evolução
Ou seja, uma poderosa organização de monges guerreiros que existiu durante a Idade Média.
No dia 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, o rei Felipe IV da França deu ordens para prender todos os Templários em território francês.
Acusados de heresia, blasfêmia e outros crimes, muitos dos Templários foram torturados e executados.
Nesse sentido, a ordem, outrora rica e influente, foi desmantelada de forma brutal.
Essa traição monumental, que levou à queda de uma das organizações mais poderosas da época, criou um marco histórico na associação entre a sexta-feira 13 e o azar.
Embora seja incerto o quanto esse evento específico tenha influenciado a criação da superstição moderna, ele certamente contribuiu para o medo coletivo em torno da data.
A imagem de uma traição e perseguição de tal magnitude reforçou a noção de que a combinação da sexta-feira com o número 13 trazia consigo desgraças inevitáveis.
Em suma, o legado dos Templários ressoa até os dias de hoje.
Por isso, além de alimentar teorias da conspiração, essa ligação histórica ajudou a popularizar a superstição da sexta-feira 13 em diferentes culturas e épocas.
Data | Evento |
---|---|
13 de outubro de 1307 | Prisão dos Templários pelo rei Felipe IV |
Contexto histórico | Acusação de heresia, tortura e execução dos membros da ordem |
A Influência da Literatura e da Cultura Pop

Na era moderna, a superstição em torno da sexta-feira 13 foi amplificada pela literatura e, posteriormente, pelo cinema.
Um dos primeiros registros literários sobre o tema apareceu no romance de Thomas W. Lawson, “Friday, the Thirteenth”, publicado em 1907.
A história descreve como um corretor da bolsa usa o pânico em torno da superstição para manipular o mercado financeiro.
Embora o livro não seja amplamente lido nos dias de hoje, ele ajudou a popularizar a ideia de que a sexta-feira 13 era um dia de má sorte e infortúnios.
No entanto, foi com a chegada de Hollywood que a superstição realmente ganhou força.
A série de filmes “Sexta-feira 13”, iniciada em 1980, com o personagem Jason Voorhees, um assassino mascarado, transformou a data em sinônimo de terror e violência.
A franquia não apenas reforçou a ideia de que a sexta-feira 13 era um dia amaldiçoado, como também introduziu a superstição a uma nova geração de espectadores.
Por fim, o sucesso dos filmes fez com que a data se tornasse parte integrante da cultura pop global.
Hoje, a sexta-feira 13 é vista de forma ambígua.
Para alguns, é apenas uma data qualquer; para outros, é uma oportunidade para consumir entretenimento de terror.
Bem como, alimentando um medo que, na verdade, pode ser mais cultural do que real.
Seja como for, a popularidade dos filmes e a crescente presença da superstição na mídia ajudam a mantê-la viva e relevante.
Ano | Obra ou Filme | Impacto Cultural |
---|---|---|
1907 | “Friday, the Thirteenth” (Thomas W. Lawson) | Popularização da superstição no contexto financeiro |
1980 | “Sexta-feira 13” (filme) | Consolidação da data como ícone do terror na cultura pop |
Sexta-feira 13: Superstição ou Efeito Psicológico?

A crença na sexta-feira 13 é mais do que uma curiosidade cultural; ela também reflete a forma como o medo e a superstição podem moldar o comportamento humano.
Por exemplo, a psicologia sugere que a chamada “profecia autorrealizável” desempenha um papel fundamental aqui.
Em outras palavras, quando as pessoas acreditam que algo ruim vai acontecer, elas podem, inadvertidamente, agir de maneira que faça com que suas expectativas se tornem realidade.
A ansiedade causada pela sexta-feira 13 pode levar algumas pessoas a evitar compromissos importantes, viagens ou até mesmo interações sociais nesse dia.
Isso, por sua vez, pode criar um ciclo vicioso, onde cada evento negativo que ocorre é atribuído à data, reforçando ainda mais a crença na superstição.
Além disso, estudos mostraram que, em dias como a sexta-feira 13, há um ligeiro aumento nos acidentes de carro.
Embora seja discutível se isso se deve à superstição ou a outros fatores externos.
+ Animais híbridos: o que são e algumas espécies
Ainda assim, a racionalidade moderna tenta desafiar essas ideias.
Cientistas e estudiosos argumentam que a superstição da sexta-feira 13 é meramente uma construção social, sem qualquer base factual. Contudo, a crença popular resiste.
Muitos ainda hesitam em marcar eventos importantes nessa data, e algumas pessoas até sofrem de “paraskavedekatriafobia”, o medo irracional da sexta-feira 13.
Conclusão: A Persistência do Mito
Em última análise, a superstição da sexta-feira 13 é
uma combinação de história, religião e cultura pop, reforçada pela psicologia humana e pelo medo do desconhecido.
Embora a ciência refute qualquer relação entre a data e o azar, a crença persiste, alimentada por séculos de tradição e pelo imaginário coletivo.
Seja vista como um simples mito ou uma data a ser temida, a sexta-feira 13 continua a fascinar e intrigar, garantindo que sua relevância cultural perdure por muitos anos.