Antonieta de Barros Biografia: tudo sobre a primeira mulher negra eleita no Brasil

Vem conhecer um pouco mais sobre Antonieta de Barros e sua biografia!

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Apesar de ser uma figura de extrema importância para a história da política no nosso país, Antonieta de Barros é um nome que, infelizmente, não recebe toda a atenção que deveria.

Durante a sua breve participação na política do Brasil, ela conseguiu se tornar um verdadeiro marco para a história do país.

E foi pensando na importância da sua trajetória que nós decidimos criar um conteúdo especial sobre ela!

Ao longo do texto de hoje, você conhecerá um pouco mais sobre Antonieta de Barros e sua biografia. 

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Além disso, você também entenderá o papel desempenhado por ela dentro da política e descobrirá o motivo dela ter se tornado uma figura tão emblemática e que é lembrada e reverenciada por muitos brasileiros até hoje.

A história de Antonieta de Barros

Nascida em 11 de junho de 1901, Antonieta de Barros é natural de Florianópolis.

Após perder o pai um pouco após seu nascimento, Antonieta e seus irmãos foram criados pela mãe, Catarina Waltrick, uma escrava que já havia sido libertada.

Para conseguir levar o sustento dos seus filhos para casa, Catarina começou a trabalhar como lavadeira.

Antonieta ainda não sabia, mas esse ofício da mãe foi essencial para que a vida dela tomasse o rumo que teve.

Foi em um dos trabalhos da mãe que Antonieta teve o seu primeiro contato direto com a educação. Acontece que Catarina trabalhou por um certo período na casa de Vidal Ramos, um político da cidade de Lages, em Santa Catarina.

E foi o contato de Antonieta com essa família que lhe despertou o interesse pela educação.

Com a ajuda da família de Vidal Ramos, em 1906, Antonieta foi alfabetizada em uma escola particular da sua cidade. E esse foi só o início da sua trajetória na educação.

Em 1910, Antonieta foi para uma escola pública e, em 1917 – aos 16 anos – ela já se preparava para realizar as provas necessárias para ingressar na Escola Normal Catarinense. 

E foi essa formação que lhe garantiu um futuro brilhante, lhe dando a chance de alcançar o seu sonho de ser professora.

A importância de Antonieta de Barros para a sociedade 

Por mais que o futuro ainda lhe reservava muitas surpresas, Antonieta tinha muita vontade de fazer a diferença onde vivia. E isso era notável.

Com o objetivo de externalizar todo o seu conhecimento e, assim, ajudar a mudar o futuro de pessoas que, até então, não recebiam uma educação de qualidade, Antonieta criou o seu primeiro projeto em prol da sociedade.

E, em 1922, nasce o Curso Particular Antonieta de Barros. Lecionado por ela e em sua própria casa, esse projeto de Antonieta visava oferecer alfabetização para a população carente.

Antonieta acreditava muito no poder da educação e em como o ensino tinha o poder de libertar as pessoas das barreiras criadas pela própria sociedade.

Em 1926, Antonieta assumiu o posto de jornalista e escritora, sendo uma das poucas mulheres no estado de Santa Catarina que realizavam essas funções.

A principal intenção de Antonieta nessa época era, através da sua escrita, proporcionar as mudanças necessárias em todo o sistema. 

Ela lutava por questões sociais, o combate ao analfabetismo e em prol de um  desenvolvimento educacional de qualidade para todos.

Nesse período, Antonieta chegou até mesmo a adotar um pseudônimo. Sob o nome de Maria da Ilha, ela fundou o jornal A Semana. 

E isso enquanto ainda escrevia para outros tablóides, como O Idealista, O Estado e Correio do Estado.

Em 1932, durante uma publicação, mais se destacou por fazer críticas pesadas ao fato de que as mulheres não recebiam as mesmas oportunidades que os homens em relação ao estudo.

A jornalista também era conhecida por suas críticas a Irineu Bornhausen, o responsável por governar o estado de Santa Catarina na época.

A sua história na política

Movida por esse desejo de fazer a diferença e mudar a vida das pessoas que não tinham as mesmas oportunidades que outras, Antonieta deu os seus primeiros passos na política.

Com o objetivo de mudar todo o cenário educacional, Antonieta se candidatou a uma cadeira na Assembleia Legislativa, em 1934. 

Pelo Partido Liberal Catarinense, Antonieta de Barros se tornou a primeira deputada estadual a ser eleita em Santa Catarina após as mulheres conquistarem o direito de votar.

Isso só serve para nos mostrar o quanto Antonieta era engajada com as causas sociais e esteve sempre pronta para contribuir para um mundo melhor.

Já na Assembleia, ela continuou lutando em prol da melhoria da educação popular. E, foi enquanto fazia parte da Comissão de Educação e Justiça que ela propôs projetos de lei visando ampliar a carreira do magistério de Santa Catarina.

E, mesmo seguindo a sua carreira política, Antonieta ainda assim seguiu encabeçando outros projetos, como as suas aulas e os jornais do estado.

Os seus projetos e o seu empenho em prol da sociedade não passaram despercebidos. Tanto que, em 1948, o eleitorado acabou por elegê-la como deputada novamente.

Mas, é claro que tudo isso tinha um preço. Devido a sua postura crítica e disposta a enfrentar desafios, Antonieta acabou sendo vítima de diversos ataques e falas racistas por parte de diversas figuras e personalidades da época.

Mas isso não a desanimou! Apesar das críticas e ofensas sofridas, Antonieta seguia firme na sua luta e, por diversas vezes, até mesmo respondeu publicamente aos seus ofensores.

O legado de Antonieta de Barros

Depois de uma vida marcada por feitos importantes, Antonieta acabou falecendo em 28 de março de 1952, aos 50 anos. 

Mas, apesar da sua morte precoce, o legado de Antonieta de Barros segue vivo até os dias de hoje. Tanto que, em sua homenagem, foi criada a Medalha de Mérito Antonieta de Barros. 

Ela é utilizada para homenagear pessoas que, assim como ela, se destacam na luta em prol da educação e dos direitos das mulheres.

Isso só mostra a importância que a Antonieta de Barros e sua belíssima biografia tiveram para a nossa sociedade!

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Escrito por Ivan