Por que o azul é a cor mais rara na natureza?

Você conhece quantas coisas que são naturalmente azuis? Por que azul é a cor mais rara na natureza?

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Todo mundo sabe que a natureza é linda e cheia de possibilidades. 

Seja na terra, no mar ou no ar, o que não faltam são combinações únicas de cores, texturas e formas que tornam o nosso planeta ainda mais fascinante.

E quando o assunto é natureza, estamos acostumados a ouvir falar de espécies que podem ser consideradas raras – como animais ou plantas.

Mas você sabia que além de diversos espécimes considerados raros, também existem cores que são difíceis de encontrar na natureza?

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E entre essas cores, a mais rara de todas é uma cor que – por incrível que pareça – está muito presente no nosso dia a dia. 

Estamos falando da cor azul!

Mas você sabe por que isso ocorre e por que o azul é a cor mais rara da natureza? 

É sobre isso que vamos falar ao longo do material de hoje! Aqui, você vai descobrir mais sobre a cor azul.

Além disso, você também vai entender como uma cor tão comum na nossa rotina pode ser, ao mesmo tempo, uma das cores mais raras e difíceis de ser encontrada na natureza!

Tenha uma ótima leitura!

Por que o azul é a cor mais rara na natureza?

Se eu pedisse para você listar coisas azuis presentes na natureza, muito provavelmente você iria falar sobre o céu, o mar – dependendo da qualidade da água – algumas espécies de flor ou até mesmo algum pássaro, né?

Mas saiba que essa lista de itens presentes na natureza e que são azuis naturalmente é mais limitada do que você imagina!

Entre todas as espécies que o ser humano tem conhecimento – seja plantas, flores, tipos de pedras ou até mesmo escamas e penas de animais – 

E a pergunta que fica é: por que o azul é a cor mais rara da natureza?

Na verdade, a resposta para essa pergunta está relacionada com a forma como os olhos dos seres humanos enxergam o mundo do que a estrutura do restante do mundo em si.

E nós vamos te explicar melhor.

Você já deve ter ouvido falar que a cor da pelagem – seja pele ou penas – de muitos animais está diretamente relacionada com a sua dieta, né? 

E o exemplo mais conhecido é o dos famosos flamingos. Na verdade, as famosas aves – que são conhecidas pela sua fascinante tonalidade rosa – não nascem dessa cor.

Essas aves adquirem esse tom porcaria da sua alimentação, que consiste em determinadas algas e seus pigmentos.

E agora você deve estar pensando em que tipos de alimentos presentes na natureza podem deixar um animal numa tonalidade azul, né?

É aí que entra o outro aspecto que mencionamos: a forma como os nossos olhos enxergam o mundo!

Por que o azul é a cor mais rara na natureza e a relação dos nossos olhos 

Um dos principais responsáveis pela resposta para essa pergunta – e também por traçar a relação entre esses dois aspectos – é o escritor científico Kai Kupferschmidt.

Kai é o autor por trás da obra “Blue: In Search of Nature’s Rarest Color” (ou “Azul: Em busca da cor mais rara da Natureza”, em uma tradução livre), um livro todo voltado para esclarecer essa questão.

E foi segundo os estudos de Kai que podemos entender melhor qual é a relação dos nossos olhos e por que o azul é a cor mais rara na natureza.

Partindo do princípio do nosso corpo, o ser humano é capaz de enxergar as milhares e milhares de cores do mundo porque cada um dos nossos olhos possuem milhões de células sensíveis à luz. E essas células são chamadas de cones.

Além disso, essas células também são sensíveis a um determinado comprimento de onda de luz. 

E levando em consideração esse aspecto e analisando um olho de um ser humano com uma visão normal, existem três tipos diferentes de cones no olho, e cada tipo de cone é mais sensível a um determinado comprimento de onda de luz. E essas cores são vermelho, verde e azul.

Quando as informações dessas células chegam ao nosso cérebro – como sinais elétricos que comunicam todos os tipos de luz refletida pelo que vemos – são então interpretadas como diferentes tons de cor pelo nosso cérebro.

Pode até parecer algo um pouco complicado, mas isso acontece em todos os instantes do nosso dia a dia.

Segundo Kai, quando olhamos para um determinado objeto colorido, o objeto absorve parte da luz branca que incide sobre ele e reflete o resto da luz em um determinado comprimento de onda. E é isso que define uma cor.

Por que ainda assim existem espécies azuis mesmo que raras?

Ainda segundo Kupferschmidt, apesar de raras, existem algumas exceções quando o assunto é espécies azuis. E cada uma das espécies tem sua própria explicação.

No caso de uma flor azul, nós vemos essa cor porque ela absorve a parte vermelha do espectro. Em outras palavras, vemos azul porque essa cor é a parte do espectro que a flor rejeita. 

E para isso, elas precisam gerar um tipo bem específico de moléculas. Isso faz com que menos de 10% das quase 300.000 espécies de plantas do mundo produzam flores azuis.

Já nos animais azuis, o processo não é o mesmo, mas o resultado é bem semelhante.

Nesses casos, eles dependem da física para adquirirem o tom azulado. De maneira geral, esses animais possuem uma estrutura diferente. Nelas, essas superfícies manipulam as camadas de luz refletidas ali.

Dessa forma, algumas cores acabam se anulando entre si, fazendo com que apenas o azul seja refletido. 

Isso acontece com borboletas, pássaros, peixes e até mesmo algumas espécies de moluscos, como polvos.

Conclusão

E aí? Você já conhecia todos esses aspectos em relação a presença da cor azul na natureza e como esse tom é algo raro de se ver?

É extremamente fascinante entender um pouco mais sobre o tema e, além disso, perceber qual é a relação dos nossos olhos – e da capacidade que eles possuem de enxergar as cores – e o fato do azul ser uma cor tão rara quando comparada com tantas outras que conhecemos.

Gostou deste conteúdo? Então que tal aproveitar para a oportunidade para ler também Qual o significado das cores na psicologia e como isso nos afeta?

Escrito por Ivan