O céu está longe de ser o limite para a ciência. E uma das últimas conquistas da tecnologia através da Sonda Parker é uma prova clara disso!
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Um dos principais objetivos dos cientistas espaciais é desvendar os mistérios e entender melhor as atividades do astro mais importante do nosso sistema solar: o Sol.
Por anos, diversos tipos de estudos foram feitos para tentar mapear melhor as atividades solares e entender os efeitos que essas mudanças podem ter na nossa vida e na dinâmica dos outros planetas que fazem parte do nosso sistema solar.
Por isso, a última notícia relacionada aos estudos do Sol está provocando tanta repercussão no mundo todo.
Recentemente, uma das sondas espaciais de estudos da Nasa realizou um feito nunca antes visto: o de “tocar” o Sol pela primeira vez.
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Mas você deve estar pensando: “Como uma sonda espacial conseguiria entrar na órbita do Sol sem ser totalmente queimada?”. Vem que a gente te explica tudo sobre isso!
No conteúdo de hoje, você ficará por dentro dessa novidade e entenderá melhor os procedimentos que fizeram parte do projeto e quais as consequências que essa conquista terá para a ciência.
O que é a sonda Parker?
Que tal comerçarmos do princípio?
A sonda Parker Solar Probe – ou sonda Parker – é uma sonda espacial da NASA, a agência do governo dos Estados Unidos que é responsável pelo estudo, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas que visam explorar o espaço.
Batizada em homenagem ao astrofísico Eugene Parker – autor que é referência nos estudos dos ventos solares – estima-se que o projeto da sonda Parker custou mais de 1,5 bilhão de dólares.
Com uma duração de quase 7 anos, a previsão é que a excursão rumo ao Sol deve retornar ao nosso planeta somente em 2025.
A trajetória da sonda Parker
Por mais que a conquista da Sonda Parker seja bem recente, a trajetória dela até aqui é relativamente longa.
Lançada em 2018, o principal objetivo dela é realizar estudos e ajudar os cientistas a entenderem melhor as atividades relacionadas à maior estrela do nosso sistema solar, orbitando o astro.
Para cumprir a sua missão, a sonda vem se aproximando gradualmente do astro.
Somente em abril de 2021, durante uma dessas aproximações, a sonda realizou um novo sobrevoo e identificou condições específicas da atividade solar.
Foi depois dessa atualização que os cientistas conseguiram constatar que a sonda Parker esteve presente na coroa solar – também conhecida como atmosfera superior – do Sol..
Através da aproximação, a sonda busca obter amostras de partículas e os campos magnéticos do astro.
Outro ponto que chama a atenção para a sonda Parker é a velocidade na qual ela viaja.
Nessa missão de “tocar” o Sol, estima-se que a sonda esteja viajando a mais de 500 mil km/h. A rapidez lhe rendeu o título de nave mais veloz criada pela humanidade.
Por que essa conquista é tão importante?
O feito realizado pela sonda Parker causou uma enorme comoção dentro da comunidade científica.
Isso se deve ao fato de que, desde que as pesquisas em relação ao espaço foram iniciadas, essa é primeira vez que uma sonda espacial criada por humanos consegue realizar registros tão importantes e próximos do Sol.
Em geral, tais atividades e estruturas do astro só podem ser vistas durante eclipses solares.
Isso fez com que as imagens capturadas pela sonda Parker durante a missão se tornassem tão importantes e fossem tão repercutidas entre os cientistas, astrofísicos e estudiosos do tema por todo o mundo.
Com esses registros, os cientistas da NASA possuem mais material para a realização de pesquisas e estudos mais profundos em relação ao processo evolutivo do Sol, entender um pouco mais sobre o futuro do astro e compreender melhor os impactos que tais processos podem causar no nosso sistema solar.
Além disso, com a realização de estudos como esses, além de entendermos mais sobre a dinâmica do Sol, também é possível compreender um pouco mais sobre as demais estrelas presentes no nosso universo, mas que ainda não foram descobertas ou devidamente exploradas.
Como a Sonda não foi danificada durante essa missão?
E a pergunta que não quer calar é: como uma sonda espacial tipo a Sonda Parker conseguiu tocar o Sol e documentar tal ato sem sofrer danos causados pelas altas temperaturas?
Isso tem uma explicação muito simples.
Apesar de toda a preparação técnica para orbitar o Sol com segurança, nesse caso, o uso do termo “tocou” é mais ilustrativo, para facilitar o entendimento das pessoas sobre a situação.
Na verdade, a missão da qual a sonda faz parte não chegou realmente a tocar o Sol – até porque isso seria impossível.
O que aconteceu foi que, durante o sobrevoo que resultou no registro divulgado pela NASA, a sonda Parker passou a cerca de ~apenas~ 13 milhões de quilômetros da fotosfera, a camada visível do Sol.
Recentemente, após a divulgação dos registros do sobrevoo, a própria NASA deu uma declaração sobre a missão, comparando a área visitada ao centro de um furacão.
Segundo a NASA, o local registrado apresentou condições mais calmas em comparação a outros pontos explorados pelas sonda.
Por isso a comparação com o olho de um furacão que, apesar de estar localizado no centro do fenômeno atmosférico presente na Terra, é conhecido por ser o ponto mais calmo de um furacão.
Mas como tal feito é considerado inédito – como já mencionado ao longo do texto – pode-se dizer que a sonda Parker se tornou a primeira sonda espacial a tocar o Sol.
O futuro da missão da sonda Parker
Após essa descoberta, os cientistas e estudiosos da área estão ainda mais animados com o futuro da missão e sobre os próximos passos que a sonda Parker dará.
A sonda, que segue orbitando o Sol, deve realizar um novo sobrevoo ainda em janeiro de 2022. Ao todo, durante os quase 7 anos de duração da missão – de 2018 até meados de 2025 – estima-se que a sonda Parker realizará mais de 20 investidas em direção ao Sol, visando sempre colher mais informações sobre a dinâmica e o funcionamento da principal estrela do nosso sistema solar.
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