Pergunta rápida: você já ouviu falar de melatonina? Sabe o que isso significa?
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É bem provável que você não saiba o que é essa palavra, mas desde 2021 a melatonina vem ganhando cada vez mais destaque e importância.
Tanto que muitos apelidaram a melatonina de “hormônio do sono”.
Mas qual será a relação entre a melatonina e o nosso ciclo de sono? Neste conteúdo você vai descobrir!
No texto de hoje, o tema central é a melatonina.
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Ao longo do texto você descobrirá o que é, para que serve e os principais aspectos dessa substância.
O que é melatonina?
Antes de mais nada, vamos explicar o que é a protagonista do nosso texto de hoje: a melatonina.
A melatonina é um hormônio que é produzido naturalmente pelo nosso próprio organismo.
A melatonina também exerce a função de promover o bom funcionamento do organismo e ainda atua como um antioxidante natural.
E, apesar de ser um hormônio que é produzido naturalmente pelo nosso corpo, também é possível obter melatonina através de opções como medicamentos e suplementos.
Ambos são encontrados geralmente em farmácias tradicionais e de manipulação, já que o ideal é que esse tipo de substância seja consumida somente com orientação médica.
Qual a relação da melatonina com o sono?
Mas afinal, qual é a relação desse hormônio com o nosso sono?
Assim como todos os demais hormônios produzidos pelo nosso corpo, a melatonina também é produzida por uma glândula chamada glândula pineal.
Localizada no nosso cérebro – mais precisamente na parte central do cérebro, mais ou menos na altura das sobrancelhas – a glândula pineal também é chamada de ‘terceiro olho’ por causa da sua posição.
E a glândula pineal só é ativada quando não há mais estímulos luminosos por perto. Isso faz com que a produção de melatonina só ocorra durante o período noturno, nos induzindo ao sono.
Por isso, para que possamos ter uma noite com um sono de qualidade, o indicado é evitar qualquer tipo de estímulos visuais – como luzes acesas, televisões, computadores e celulares.
Todos esses itens contribuem diretamente para a diminuição da produção de melatonina e, consequentemente, atrapalham o nosso ciclo de sono.
Com o passar dos anos, é comum que a produção de melatonina realizada pelo nosso corpo diminua.
Por isso, é bastante comum encontrarmos relatos de adultos e idosos que sofrem frequentemente com distúrbios envolvendo o sono.
E são esses tipos de distúrbios que fizeram a melatonina se envolver em uma polêmica nos últimos tempos.
A polêmica em torno do uso da melatonina
Apesar do uso do suplemento da melatonina possa ser utilizado para o tratamento de enxaquecas e até mesmo para tratamento de insônia, o crescente uso sem orientação vem chamando a atenção.
Isso fez com que a melatonina e a forma como ela é consumida se tornasse centro de uma polêmica.
Como já mencionado no texto, existem medicamentos e suplementos disponíveis no mercado para auxiliar na reposição ou déficit de produção da melatonina pelo nosso cérebro.
Mas, como todo medicamento existente no mundo, o seu consumo deve ser realizado somente com a orientação de um médico responsável.
Acontece que, sob uma falsa impressão de que a suplementação de melatonina irá ajudar, muita gente vem buscando o medicamento como uma alternativa para ajudar a combater a insônia.
Alguns especialistas acreditam que o aumento na procura e no consumo desse tipo de medicamento mesmo quando não há indicação médica se deve ao impacto negativo no nosso sono pela pandemia, visto que esse aumento pôde ser observado somente nos últimos 2 anos.
A melatonina no Brasil
Apesar de ter emitido uma autorização de venda da substância em formato de suplemento alimentar, a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – tomou algumas atitudes para tentar inibir o consumo desenfreado do medicamento.
Entre essas medidas estão: a restrição do uso exclusivamente para pessoas com mais de 19 anos, limitou o consumo diário indicado para, no máximo, 0,21 mg.
Além disso, a agência também determinou que as embalagens dos produtos que contém a substância tenham sempre a advertência de que não devem ser consumidas por gestantes, lactantes e crianças.
A dificuldade em controlar o uso da melatonina
Por mais que a Anvisa esteja se empenhando na missão de inibir o uso sem necessidade desse tipo de medicamento, essa missão vem se mostrando cada vez mais difícil de ser realizada.
Um dos fatores que dificultam essa tarefa vem de fora do Brasil.
Apesar da Anvisa ter limitado o uso diário a uma quantidade que se assemelha bastante ao que é produzido naturalmente pelo nosso corpo, não é difícil encontrar produtos importados que possuem dosagens que vão de 5 mg até 10 mg.
Isso é bastante preocupante, visto que a dosagem máxima que foi aprovada aqui no Brasil é de 0,21 mg, valor muito inferior aos produtos importados.
O uso sem necessidade e em excesso da melatonina já vem sendo associado a alguns efeitos colaterais que vão desde dores de cabeça, náuseas, tonturas e cólicas até desorientação, irritabilidade, ansiedade e depressão.
E vale ressaltar que esses são os efeitos a curto prazo. Os efeitos desse tipo de automedicação a longo prazo ainda são desconhecidos, mas só há uma certeza: não são nada bons.
Exercitando o seu cérebro para a hora de dormir
Para quem possui dificuldades para dormir, existe uma série de medidas que podem ser tomadas ao invés de recorrer a um remédio que possui efeitos negativos para a sua saúde.
Uma delas é evitar o contato com luzes e outros tipos de distrações luminosas externas na hora de dormir – isso inclui o uso de notebook e celulares.
Seguindo essa dica, você estará acostumando o seu cérebro com as condições ideais para dormir, facilitando o processo de pegar no sono.
Conclusão
Como deu para perceber, esse hormônio é extremamente importante para a manutenção da nossa saúde.
Mas, por mais que o uso dos medicamentos que possuem essa substância na sua composição pareça ser o caminho ideal para determinados casos, é sempre importante lembrar que, assim como qualquer outro medicamento, é necessário buscar orientação médica para consumi-los.
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