Ômicron: Proteção de células T contra variante dura meses

Desde o início de 2020, o principal assunto no mundo é o Covid-19. E a nossa luta contra o vírus que causou a pior pandemia dos últimos tempos ganhou um novo capítulo recentemente: a variante Ômicron.

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Estudos recentes apontam que as células T possuem uma habilidade maior de reconhecer a proteína da variante Ômicron. 

Quer saber mais e ficar por dentro do tema? É só seguir sua leitura!

No conteúdo de hoje, você irá entender melhor o que são as células T e qual a importância delas na proteção contra a Ômicron.

O que é a variante Ômicron?

Detectada pela primeira vez em novembro, na Botsuana e na África do Sul, a Ômicron – ou B.1.529 –  é uma das inúmeras variantes do SARS-CoV-2, o vírus que iniciou a pandemia mundial de Covid-19 no começo de 2020. A nova variante foi reportada à Organização Mundial da Saúde em 24 de novembro.

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Classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação. E, apesar de estudos apontarem que a nova cepa do vírus é ainda mais transmissível que as variantes anteriores – como a variante Delta, por exemplo – os sintomas eram considerados sutilmente mais leves que as demais variantes.

Quais os perigos da variante Ômicron?

Apesar de, num panorama geral, os sintomas causados pela Ômicron serem um pouco menos intensos do que algumas variantes anteriores, a variante não deve ser considerada menos perigosa a ponto de causar o relaxamento das medidas de combate ao Covid-19.

Assim como as outras cepas, a Ômicron também fez vítimas fatais em todo o mundo. E, em sua maioria, as vítimas não pacientes que optaram por não se vacinar contra a Covid-19

E, além de ser mais infecciosa que cepas anteriores, a Ômicron também pode infectar pessoas com imunidade prévia, invadindo anticorpos neutralizantes. 

Como já mencionado, devido ao seu alto poder de transmissão, a Ômicron não demorou para se espalhar no resto do mundo após a sua descoberta. A taxa de transmissão da variante é tão alta que, atualmente, acredita-se que ela seja a variante dominante em todo o mundo. 

Por isso, a Ômicron pode ser facilmente definida como uma nova onda de Covid-19. E o Brasil foi um dos países que foi atingido por essa onda.

A variante Ômicron no Brasil 

Após a sua descoberta na África do Sul em novembro, não demorou para que a nova variante chegasse ao nosso país.

Já no início de dezembro foram detectados os primeiros casos de Covid-19 causado pela nova variante. Desde então, com a chegada de eventos como as festividades típicas de final de ano e as viagens de férias, o cuidado em relação ao uso de máscaras e aglomerações acabaram ficando um pouco de lado.

E essas ações ajudaram a nova variante a se espalhar ainda mais facilmente entre toda a população, provocando uma alta nos casos de infecção pela doença

Segundo um levantamento realizado pela plataforma online Our World in Data – plataforma referência na publicação de dados sobre a pandemia e vinculada à Universidade de Oxford – no início de janeiro a variante Ômicron já era apontada como a variante dominante no país, sendo a responsável por mais da metade – cerca de 58,33% – dos casos de Covid-19 que foram sequenciados no país.

A boa notícia é que, apesar da alta nos novos casos, a grande maioria da população já se vacinou com a 1ª e 2ª dose da vacina e já aguardam a aplicação da 3ª dose.

Isso ajudou a controlar a evolução da doença, fazendo com que o número de casos graves e óbitos fossem bem menores em relação ao mesmo período em 2021, antes do início da campanha de vacinação em todo o país

O que são as células T?

As células T de memória – ou linfócitos T – são umas das principais responsáveis pela defesa contra antígenos desconhecidos. Elas são formadas pelo nosso corpo logo após a infecção por Covid-19 ou após a vacinação usando a tecnologia RNA mensageiro – ou mRNA – e, segundo os estudos mais recentes, tiveram uma resposta contra a variante Ômicron.

De maneira geral, os estudos apontam que as células T de memória dos pacientes que já se vacinaram ou que já tiveram Covid-19 conseguem reconhecer melhor a proteína da variante Ômicron.

Entenda melhor os estudos da Ômicron e das células T

Os novos estudos – que apontam essa descoberta sobre as células T- foram realizados por pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo, na Suécia.

O estudo – que faz parte da pesquisa – é uma colaboração do Hospital Universitário Karolinska. Para a realização deste estudo, foram utilizadas amostras de sangue de três perfis distintos de pacientes. São eles:

40 pessoas que já foram vacinadas contra o Covid-19;

48 pessoas que já tiveram uma infecção leve, moderada ou grave causada pelo Sars-CoV-2;

48 pessoas que ainda não foram vacinadas e também não foram infectadas pelo vírus.

Dentro desses três grupos, as amostras das pessoas vacinadas foram coletadas 6 meses após a administração da segunda dose do imunizante. Já no segundo grupo, a amostra foi recolhida 9 meses após a confirmação da infecção pelo vírus.

Através dos resultados obtidos, pôde-se observar que essas células T de memória nesses dois grupos apresentaram uma boa habilidade de reconhecimento da proteína da variante Ômicron.

A próxima etapa é entender se a aplicação da 3ª dose da vacina ajudará a aumentar ainda mais a capacidade de reconhecimento das células T contra a Ômicron. 

Conclusão

Essa descoberta recente sobre a Ômicron só serve para reforçar a importância da vacinação e de como é necessário seguir o calendário de vacinação, imunizando-se com as doses recomendadas pela OMS e pelos órgãos de saúde ao redor do mundo.

Dessa forma, os efeitos da Ômicron – e de outras variantes – têm mais chances de serem minimizados – ou até mesmo neutralizados. Com o esquema vacinal completo, diminui bastante as chances do quadro do paciente com Covid-19 evoluir para casos graves e óbito.

E, além de se proteger, ao se vacinar você também ajuda todos ao seu redor!

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Escrito por Ivan